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Um relatório da ONU divulgado esta semana, para além de apontar o dedo ao vizinho Ruanda, quanto à instabilidade no leste da República Democrática do Congo, denuncia também o papel do exército do Uganda no conflito. 

A ONU alega que a presença de militares do exército do Uganda no leste da RDC vai muito além da simples luta contra grupos armados presentes na área.

Mais de 1 000 soldados ugandeses vieram em reforço para Bunia, mas também para outras áreas da província de Ituri, em território do antigo Zaire, mas perto da fronteira com o Uganda.

O Uganda tinha justificado a sua intervenção com a necessidade de lutar contra o grupo armado Codéco.

Trata-se de um grupo rebelde, sobretudo da etnia Lendu, criado na década de 70 do século passado e que contaria com mais de 2 000 homens.

De uma cooperativa agrícola, daí a sigla, Cooperativa para o desenvolvimento do Congo, chegou-se a um grupo armado que explora o ouro e já foi acusado de massacres.

Segundo as Nações Unidas o ex Congo belga acabou por aceitar a vinda de homens do vizinho Uganda, apenas para evitar entrar em confronto com mais um vizinho, para além do contencioso com o Ruanda.

Segundo estes peritos a motivação do Uganda prende-se também com a protecção de interesses económicos e geopolíticos, incluindo o comércio de minérios e do ouro, exploração do petróleo e gás no Lago Albert ou ainda as trocas transfronteiriças e contratos tidos como lucrativos.

Fonte: RFI

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