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Uma missão empresarial francesa do setor da energia iniciou esta semana uma visita a Angola para avaliar oportunidades de negócio, num momento em que o investimento francês no país ultrapassa os 18 mil milhões de dólares.

“Temos uma missão empresarial com dez empresas. Realmente queremos não só visitar, ter contactos, mas elas estão numa abordagem para instalar-se aqui e desenvolver o negócio em Angola”, afirmou a embaixadora de França em Angola, Sophie Aubert, na segunda-feira à noite em Luanda.

A missão é organizada pela Business France e pela EVOLEN, associação francesa de empresas de energia, e decorre até sexta-feira, em paralelo com a conferência internacional Angola Oil&Gas 2025, que arranca na quarta-feira em Luanda.

O objetivo é reforçar a presença francesa no setor energético angolano, com foco na inovação e descarbonização.

Segundo a diplomata, atualmente operam em Angola cerca de 110 a 120 empresas francesas, das quais 65 são filiais diretas de grupos franceses, com um volume de negócios anual a rondar os seis mil milhões de euros.

As empresas francesas empregam cerca de 30 mil pessoas no país, sendo o terceiro maior empregador privado em Angola, destacou a diplomata.

A presença francesa no setor energético angolano é liderada pela TotalEnergies, a maior petrolífera a operar em Angola, com participações em vários blocos de exploração offshore e projetos estratégicos de gás e que é responsável por grande parte do investimento direto francês no país.

Questionada sobre constrangimentos no ambiente de negócios em Angola, Sophie Aubert sublinhou a importância da “previsibilidade” e de “processos rápidos” para atrair mais investimentos.

A missão empresarial também reflete o estreitamento das relações entre França e Angola, com visitas de Estado recíprocas nos últimos dois anos e a adesão de Angola à Organização Internacional da Francofonia (Francofonie), em outubro de 2024.

“A vontade da França é ter relações de amizade com todos os países de África, qualquer que seja o idioma”, frisou a embaixadora, sublinhando a “vontade mútua de trabalhar juntos”.

“É isso que está a acontecer com Angola”, reforçou.

LUSA

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