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O processo-crime contra Isabel dos Santos chegou finalmente a tribunal, devendo seguir para a fase de instrução contraditória a 22 de maio. A empresária é acusada de vários crimes, que envolvem a sua gestão na Sonangol.

A notícia é avançada pelo Novo Jornal, que cita uma fonte judicial. O anúncio do envio do processo-crime contra a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos e ex-PCA da Sonangol tinha sido feito há mais de um ano pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Isabel dos Santos é suspeita de vários crimes, que envolvem a sua gestão na petrolífera estatal angolana, entre 2016 e 2017.

É acusada de peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, falsificação de documentos, associação criminosa, participação económica em negócio, tráfico de influências, branqueamento de capitais, fraude fiscal e qualificada.

Em declarações em outubro de 2024, na capital portuguesa, Lisboa, o procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Grós disse que as autoridades judiciais dos Emirados Árabes Unidos (EAU) já tinham recebido toda a documentação necessária para ouvir Isabel dos Santos,

empresária angolana, que reside atualmente no Dubai, reclama inocência e diz que o processo é político. Tem-se manifestado empresária angolana, que reside atualmente no Dubai, reclama inocência e diz que o processo é político. Tem-se manifestado disponível para ser ouvida no processo.

Sanções do Reino Unido

Em novembro passado, o Governo britânico anunciou que aplicou sanções à empresária angolana e a dois dos seus associados, incluindo a proibição de entrar no país e o congelamento de ativos, no âmbito de uma campanha contra a corrupção.

Para além de Isabel dos Santos, foram também alvo de sanções a sócia e amiga Paula Oliveira e o ex-diretor financeiro da Sonangol Sarju Raikundalia.

Isabel dos Santos “abusou sistematicamente dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas [420 milhões de euros], privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento”, afirmou o Governo britânico, lembrando que a empresária é alvo de um aviso vermelho da Interpol desde novembro de 2022 e que perdeu um processo no Tribunal de Recurso relativo ao congelamento dos seus bens a nível mundial.

Na altura, a empresária angolana disse que as sanções que lhe foram aplicadas pelo Reino Unido são injustificadas e anunciou que tencionava recorrer da decisão e provar “as Isabel dos Santos “abusou sistematicamente dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas [420 milhões de euros], privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento”, afirmou o Governo britânico, lembrando que a empresária é alvo de um aviso vermelho da Interpol desde novembro de 2022 e que perdeu um processo no Tribunal de Recurso relativo ao congelamento dos seus bens a nível mundial.

Na altura, a empresária angolana disse que as sanções que lhe foram aplicadas pelo Reino Unido são injustificadas e anunciou que tencionava recorrer da decisão e provar “as mentiras” que o Governo angolano fabricou contra si.

VC/Rogério Mbumba | fonte: Dw Português

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