
- By Equipe de Marketing
- |
- junho 26, 2025
- 3 min read
O embaixador da Ucrânia na União Europeia concedeu uma entrevista exclusiva à Euronews Europe Today antes da cimeira europeia desta quinta-feira
A Ucrânia está confiante de que será capaz de ultrapassar a resistência húngara à adesão de Kiev à União Europeia (UE), afirmou o chefe da missão do país
junto de Bruxelas ao programa matinal Europe Today, da Euronews, na quinta-feira.
Vselovod Chentsov veio ao estúdio em Bruxelas para uma entrevista exclusiva, numa altura em que os líderes da UE se reúnem na capital europeia para mais uma
cimeira crítica, em que a adesão da Ucrânia à UE é um dos pontos da agenda.
“Estamos a lutar para acabar com esta guerra e estamos a lutar pelo nosso futuro europeu. A Ucrânia é um Estado candidato e estamos prontos para iniciar as conversações de adesão assim que houver consenso”, disse Chentsov.
Questionado por Meabh McMahon sobre a resistência da Hungria ao processo de adesão da Ucrânia à UE, Chentsov afirmou: “A Hungria está a bloquear. Eu concentrar-me-ia em quem está a apoiar, por isso temos 26 Estados-Membros a apoiar e estou certo de que conseguiremos convencer a Hungria a aderir”.
Durante a entrevista, Chentsov revelou estar confiante de que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, “manterá a sua palavra” sobre o compromisso assumido durante a cimeira da NATO em Haia de fornecer mísseis Patriot a uma Ucrânia devastada pela guerra.
Trump afirmou, numa conferência de imprensa na quarta-feira, que os Patriots eram “muito difíceis de obter”. “Vamos ver se podemos disponibilizar alguns deles”, admitiu, ainda assim, o líder da Casa Branca, após uma reunião de 50 minutos com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, à margem da cimeira da NATO. O embaixador também falou sobre a possibilidade, levantada por Trump, de Vladimir Putin invadir outros países após a invasão em grande escala da Ucrânia.
Trump foi questionado se considerava Putin um inimigo e se acreditava que o líder russo tinha ambições territoriais para além da Ucrânia. “É possível”, respondeu Trump.
“É bom que exista um entendimento de que a Rússia é uma ameaça e nós continuamos a falar [às pessoas] sobre esta ameaça iminente se a Ucrânia não for defendida”, disse Chentsov.
“Para evitar esta continuação, este alargamento do conflito, a Europa e os EUA têm de ajudar a Ucrânia a parar esta guerra”, concluiu o embaixador.
VC/ Miguel Fua