
- By Equipe de Marketing
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- julho 8, 2025
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Cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, Cabo Verde, março de 2025. Na terra de Cesária Évora — referência insuperável da música e da cultura cabo-verdianas, que apresentou ao mundo o pequeno arquipélago africano — fazem-se obras na casa onde viveu grande parte da vida. É uma habitação imponente, maior do que todas as casas vizinhas, com uma placa oval de metal afixada no muro. “Casa Cesária Évora”, lê-se na inscrição, junto ao rosto da cantora que ficou conhecida como a “diva dos pés descalços”, pela maneira como subia aos palcos, fosse num bar de mornas em Cabo Verde ou numa sala sumptuosa como o Grand Rex de Paris.
Há anos que estava fechada. Enquanto Cesária Évora era viva, até ao ano de 2011, aquela era uma casa de portas abertas. Tal como boa parte dos seus compatriotas, a cantora fez carreira lá fora, mas procurou retribuir aos seus. Eram muitos os que a visitavam no Mindelo, procurando o seu apoio financeiro e a sua capacidade para resolver problemas. Quase 15 anos depois, a Casa Cesária Évora está novamente aberta e disponível para receber os outros. No final de abril, foi lá inaugurada a exposição Voz de Ouro, onde se podem ver os seus discos de ouro e platina, que dão conta do seu impacto global, ou prémios importantes como o Grammy que conquistou em 2004 e os galardões atribuídos pelo governo francês.
Até ao final do ano, deverão começar as obras para musealizar aquela casa e torná-la verdadeiramente na Casa Museu Cesária Évora, aberta ao público de forma permanente, o que coincide com a postura que Cize, como era carinhosamente conhecida, manteve sempre ao longo dos seus 70 anos de vida.
OBSERVADOR