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Conhecido por aparecer em quatro centenas de vídeos em actos sexuais com esposas de ministros, do Procurador-Geral da República, entre outras mulheres do centro do poder da Guiné-Equatorial, o antigo director da Agência Nacional de Investigação Financeira, Baltasar Ebang Engonga, foi condenado a oito anos de prisão e uma multa de 220 mil dólares.

Entretanto, o motivo da condenação nada tem a ver com os vídeos que levaram, inclusive, à época, o Governo de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo a suspender o acesso à internet naquele país, sob alegação de travar a circulação dos 400 vídeos para “proteger a família”.

Baltasar Ebang Engonga, juntamente com outros cinco funcionários, foram acusados de apropriação indevida de despesas de viagem em montantes que giram em torno de 220 mil dólares, segundo informação confirmada pelo director de imprensa do Supremo Tribunal da Guiné-Equatorial, Hilário Mitogo.

A prisão ocorre dez meses após o vazamento dos 400 ‘clipes’ sexuais, ocorridos a seguir a apreensão de dispositivos onde Baltasar armazenava os seus vídeos secretos.

O até então director da Agência Nacional de Investigação Financeira, havia sido detido sob suspeita de desvio de fundos, tendo sido apreendidos vários meios pertencentes a este antigo chefe da polícia financeira bissau-guineense.

Tal vazamento criou grandes danos à sociedade, com dezenas de crianças e jovens tendo de deixar de ir à escola por receio de bullying, por que a progenitora aparecia num vídeo em actos indecorosos, esposos que perderam a autoestima, além dos pais das senhoras visadas nas filmagens, que se questionavam sobre onde terão falhado.

De acordo com a imprensa local, uma das mulheres que aparecem nas filmagens terá cometido suicídio por não suportar a pressão que o caso gerou à época.

Correio da Kianda

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