
- By Portal Visão Cultural
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- setembro 3, 2025
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O renomado e conhecido deputado da UNITA em Cabinda, Lourenço Lumingo, que se tornou destaque em 2019, quando afirmou que “o saco de arroz é mais conhecido que o próprio Vice-Presidente”, na altura Bornito de Sousa, não deixou de dar o seu parecer sobre a postura da Governadora de Cabinda, Suzana Abreu na reunião com o Presidente da República, João Lourenço.
Segundo o deputado, a governadora não foi “perspicaz”, ou seja, inteligente, astuta e sagaz em abordar assuntos que realmente dizem respeito aos problemas que o povo de Cabinda enfrenta.
“Se a nossa governadora fosse perspicaz, as questões que deveria abordar com o Presidente da República, com muita frontalidade, durante a reunião presidida por ele com os membros do governo provincial, seriam as seguintes…”, escreveu Lourenço Lumingo.
O deputado, mencionou vários pontos, que segundo a sua visão, a Governadora, deveria destacar esses assuntos de forma directa e frontal na reunião com o Presidente da República. Pontos como: A dívida pública dos empresários locais; O acesso ao crédito bancário com juros bonificados para os empresários; A situação do encerramento do porto fluvial do Kimbumba; A dificuldade na mobilidade aérea e marítima de pessoas e bens entre Cabinda e Luanda (e vice-versa); O aumento dos preços da cesta básica; O problema recorrente do contrabando de combustível; As enormes filas nos postos de abastecimento de combustível; A recuperação e reabilitação das vias primárias, secundárias e terciárias com destaque para a Rua das Forças Armadas; A implementação de políticas eficazes de empregabilidade para a juventude; A revisão dos valores das propinas no ensino superior na província; O assunto da FLEC para a pacificação do território não poderia faltar na mesa e outros problemas estruturais que continuam a inviabilizar o desenvolvimento da província nos sectores da Saúde e da Educação.
Lumingo, também mostrou o seu descontentamento com a fala da Governadora, ao afirmar que a presença do Presidente João Lourenço, terminou com a fome em Cabinda.
“Não gostei da fala da nossa governadora ao dizer que ‘papa chegou, a fome acabou’. O tempo que lhe foi dado não é para palhaçada, deveria ter sido aproveitado ao máximo para tratar, de forma séria e sem equívocos, dos problemas estruturais da província”, disse o deputado.
VC/RQM