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Criar oportunidades de emprego, apoiar o desenvolvimento rural e reforçar a resiliência da produção alimentar do país são os três pilares essenciais do compromisso que a multinacional Al Dahra, dos Emirados Árabes Unidos, projectou nos acordos assinados com Angola e que vão assegurar o aumento da produção de cereais.

A informação foi partilhada com a imprensa, no quadro da recente visita a Luanda, realizada pelo Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed Al Nahyan.

De acordo com o CEO do Grupo Al Dahra, Arnoud van den Berg, o objectivo da sua empresa é explorar as oportunidades no sector Agrícola angolano, aproveitando o extenso conhecimento global que possuem para promover o crescimento sustentável e a inovação para o país.

O portefólio de produtos da Al Dahra e o objectivo de mercado de substituição de importações em mercados regionais vizinhos alinham-se com o Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (PLANAGRÃO) e com a Política de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI).

A parceria proposta apoia a agricultura sustentável africana e global, com o objectivo de aumentar a produção local e diversificar, bem como modernizar o sector Agrícola de Angola. Esta iniciativa pretende criar oportunidades de emprego, apoiar o desenvolvimento rural, reforçar a resiliência da produção alimentar do país e posicionar Angola como um contributo significativo para a cadeia de abastecimento alimentar regional.

A Agenda de Segurança Alimentar e redução do défice alimentar nacional é um dos maiores investimentos estrangeiros directos no sector Agrícola angolano.

Investimentos

A multinacional Al Dahra prevê investir cerca de 500 milhões de dólares para desenvolver grandes projectos agrícolas e reforçar as iniciativas de Angola no quadro da segurança alimentar. Com este propósito, a empresa ligada ao Grupo Global de Agro-negócio, com sede nos Emirados Árabes Unidos (EAU), assinou, recentemente, em Luanda, um Memorando de Entendimento com o Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF) e a Gestão de Terras Aráveis (GESTERRA).

A intenção é de que a Al Dahra desenvolva e opere até 40 mil hectares de áreas verdes irrigáveis em colaboração com o MINAGRIF, e pretende fazer parceria com a GESTERRA para operar em pelo menos 8 mil hectares, e com potencial para expandir até 30 mil hectares, adaptados aos requisitos do programa em curso.

Gesterra

O PCA da GESTERRA (sociedade anónima angolana detida pelo Estado), Carlos Paim, disse à imprensa que o projecto une forças para o avanço do futuro agrícola de Angola.

“Esta parceria baseia-se na experiência de classe mundial e nas nossas profundas raízes locais, promovendo a inovação e práticas sustentáveis que beneficiam os nossos agricultores e comunidades”, disse.

JA

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