O poder de compra dos moçambicanos tem estado a deteriorar-se nos últimos anos, obrigando os consumidores a fazerem contas para conseguirem adquirir os bens de consumo que compõem a cesta básica. A ministra do Trabalho, Género e Acção social, Ivete Alane, reitera que o Governo moçambicano tem estado a fazer de tudo para melhorar a vida dos cidadãos e garantir o crescimento da economia.
Organização dos Trabalhadores Moçambicanos-Central Sindical (OTM-CS) estima em cerca de 43 mil Meticais (571.24 euros) o valor da cesta básica, num país onde o salário mínimo, para o sector privado, está estipulado em 5800 meticais, cerca de 77 euros e na função pública 8.758 Meticais, pouco mais de 116 euros.
O secretário do Conselho Central para a área da Relações Jurídico-laborais da Organização dos trabalhadores de Moçambique OTM-CS, André Mandlate, afirma que – na altura de fazer compras os funcionários andam de calculadora na mão, tendo em conta aos ordenados que não cobrem as necessidades básicas.
“O cabaz produzido pela OTM, neste momento, uma família de cinco pessoas precisa de 43 mil Meticais, mais de 570 euros para suportar um mês. A pergunta que se coloca é se o salário mínimo mais baixo ainda não atinge 6 mil Meticais, 79 euros, como é que este trabalhador consegue [alimentar] a sua família”, questiona.
A ministra do Trabalho, Género e Acção social, Ivete Alane, reitera que o Governo moçambicano tem estado a fazer de tudo para melhorar a vida dos cidadãos e garantir o crescimento da economia.
“É com base no crescimento económico que um país se desenvolve e combate a pobreza. Há outras acções que são feitas pelo Ministério do Trabalho, Género e Acção Social que passa pela protecção dos grupos mais vulneráveis.”, explicou.
As discussões sobre o valor do novo salário mínimo, por sectores de actividade, deve iniciar no próximo mês de Agosto, depois de ter sido adiado, em Abril, devido às manifestações que contestaram os resultados eleitorais.
Fonte: RFI