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- janeiro 7, 2025
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Saïf al-Islam, afirmou ter provas de pagamentos do regime de Kadhafi à campanha presidencial de 2007
O antigo presidente da França, Nicolas Sarkozy, enfrenta um processo criminal, sendo julgado por “financiamento ilegal de campanha”, “ocultação de desvio de fundos públicos”, “corrupção passiva” e “conspiração criminosa”.
Numa entrevista à Euronews, Saïf al-Islam, filho de Muammar Kadhafi, afirmou ter provas de pagamentos do regime do seu pai à campanha presidencial de 2007 do candidato de direita, pouco antes da queda de Kadhafi em 2011.
“Eu próprio testemunhei a entrega da primeira prestação de dinheiro a Claude Guéant em Tripoli“, afirmou.
Segundo a acusação, Sarkozy, havia celebrado um “pacto de corrupção” com Kadhafi, para que o mesmo financiasse a sua campanha em 2007 em troca de benefícios diplomáticos, como a reabilitação de Kadhafi na cena internacional e tentativa de anular um mandato de captura francês contra o chefe dos serviços secretos líbios, Abdallah.
Sarkozy pode ser preso, cumprindo uma pena de até dez anos de prisão e ser multada a um valor monetário de 375.000 euros. Agora, soma um total de cinco julgamentos e é a primeira vez que comparece um registo criminal.
Segundo a Euronews, Nicolas Sarkozy foi definitivamente condenado a um ano de pulseira eletrónica por corrupção e tráfico de influências no caso das escutas telefónicas, também conhecido como o caso “Bismuth”. Em fevereiro de 2024, foi também condenado em recurso por despesas excessivas na sua campanha perdida de 2012, no caso “Bygmalion”.
Em outubro de 2023, foi igualmente acusado no âmbito da investigação sobre possíveis manobras fraudulentas para obter a retratação, em 2020, das acusações feitas pelo intermediário Ziad Takkieddine no processo relativo ao financiamento da sua campanha de 2007.
As suas atividades de consultoria na Rússia são também objeto de uma investigação preliminar por parte da Procuradoria Nacional das Finanças, assim como o seu jantar em 2010 com altos dirigentes do Catar e Michel Platini (antigo presidente da FIFA), que poderá ter conduzido à controversa atribuição do Campeonato do Mundo de 2022 ao Qatar.
O julgamento que começou nesta segunda-feira, 6 de janeiro, no Tribunal Penal de Paris, deverá prolongar-se até 12 de abril.
VC/Rogério Mbumba | Mérito: Euronews