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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou que os investimentos, que incluem “financiamento para a transição para as energias limpas, mas também para impulsionar o fabrico de vacinas”, beneficiam ambas as partes.

“A África do Sul quer proteger a saúde do seu povo, bem como a sua autonomia e as suas indústrias locais, e nós, europeus, queremos diversificar algumas das nossas cadeias de abastecimento mais críticas”, declarou na quinta-feira (13.03).

A África do Sul é o maior parceiro comercial da União Europeia (UE) na África subsaariana, com 49 mil milhões de euros de comércio total de mercadorias em 2023. E o bloco comunitário é a principal fonte de investimento direto estrangeiro no país, totalizando 53,7 % em 2022.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, informou que as partes também têm outras parcerias estratégicas e partilham valores comuns como: democracia, direitos humanos, Estado de direito e multilateralismo.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, defende unidade e cooperação numa altura que o multilateralismo está a ser posto em causa, desde a tomada de posse de do líder norte-americano, Donald Trump.

“Este é o momento de trabalhar em conjunto para defender aquilo em que acreditamos, a democracia, o Estado de direito, incluindo o respeito pelo direito internacional e pelo direito humanitário internacional”, afirmou.

Conflitos em cima da mesa

Na cimeira da cidade de Cabo, a União Europeia e África do Sul também discutiram os conflitos na Ucrânia, Médio Oriente, República Democrática do Congo, Sudão e Sudão do Sul.

Sobre a guerra na Ucrânia, os três dirigentes defendem o fim do conflito.

“O povo da Ucrânia e, na verdade, o povo da Rússia precisam mais de paz do que qualquer outra pessoa no mundo, e a nossa tarefa é exortá-los, encorajá-los, empurrá-los a encontrar uma solução pac ífica”, disse Cyril Ramaphosa.

O estadista sul-africano apelou para uma abordagem profunda dos conflitos em África, porque no seu entender “é essencial para alcançar uma paz duradoura, a segurança e a estabilidade no continente africano”, concluiu Ramaphosa, apelando a intervenção e assistência humanitária, em especial para as pessoas deslocadas no leste da República Democrática do Congo.

África do Sul assume, desde dezembro passado e até novembro de 2025, a presidência rotativa do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

VC/Anderson Mangovo | fonte: Dw Português

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